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Androides Metaleiros Dão Show de Tecnologia

Escrito por William Santos | terça-feira, 8 de janeiro de 2013 | 15:27

As máquinas já começaram a dominar os palcos. Robôs similares aos usados em linhas de produção nas fábricas, construídos com atuadores hidráulicos e controlados por instruções fornecidas por computador, tocam cover de músicas de bandas consagradas de rock. Estes robôs são feitos para realizar funções específicas, sendo cada um projetado para manipular um instrumento musical. Esta é a Compressorhead!

O baterista foi a primeira máquina construída na banda e possui 4 braços para dar conta de acionar todos os tambores e pratos de sua bateria, além de dois pés com os quais ele aciona os chutes. Não é nem de longe um androide com feições humanas. E também não é capaz de fazer nada que não envolva a atividade para a qual foi projetado. Mesmo assim ele é fascinante quando quando ligado obedecendo aos comandos digitais que recebe do computador. As instruções dos programadores são efetuadas com precisão impressionante pelo Stickboy -- nome bem apropriado que recebeu em seu batismo -- tocando a bateria como os grandes artistas de carne e osso.

O segundo integrante da banda é um guitarrista que, para reproduzir o talento humano, possui 78 dedos dispostos sobre o instrumento. Assim como o Stickboy, ele não consegue fazer nada além daquilo para o qual foi projetado; mas quando está em ação, garante o espetáculo com sua guitarra soando acordes precisos. Seu nome é Fingers, em homenagem aos 78 atuadores acionados por pressão hidráulica que compõe seus dedos.

Já o baixista, Bones, é um simpático robô com membros que lembram mãos, com cinco dedos. Ele usa seus dedos articulados para manipular o baixo em performances no palco. Sua exatidão vem da programação feita em computador, assim como acontece com os demais membros da banda.

A tecnologia por trás destes robôs são até comuns hoje em dia dentro de galpões de fábricas em produção de diversos bens manufaturados. Suas performances permitem que as pessoas vejam como a engenharia mecânica avançou nos últimos anos, permitindo que máquinas reproduzam movimentos humanos requintados, como os que possibilitam tocar instrumentos.

O próximo passo imaginado é o de evoluir no campo lógico, através dos softwares que rodam nos computadores que controlam a banda. Estes programas, com avanço da inteligência artificial, pode um dia possibilitar que tais máquinas componham suas próprias músicas. Claro que isto é uma especulação e talvez a evolução das máquinas não siga por este caminho, mas que esta possibilidade existe e é real, sim, ela existe.

Dai então teremos a velha ideia sobre a indústria musical levada ao pé da letra, com bandas construídas em laboratórios, através de estudos científicos precisos, capazes de compôr músicas originais e, ainda por cima, realizar shows ao vivo com performances no palco. Tudo isto feito da mesma forma como se faz qualquer automóvel hoje em dia, com alguns técnicos, um monte de computadores e robôs colocando a mão na massa.

Tudo bem que a banda é controlada por computadores operando máquinas de alta precisão mecânica, mas isto não tira o brilho de um show ao vivo. Eles tocam os instrumentos de verdade, o som que vem do palco é originado nos instrumentos, sem nenhum playback. Além disso, a performance dos robôs no palco é um show à parte, imitando gestos bastante clichês de metaleiros em êxtase.

A banda Compressorhead (uma forma de parodiar o nome da banda britânica Motorhead) atualmente só toca cover de bandas de metal. Seu repertório é formado por músicas da própria Motorhead e também de outras bandas, como é o caso da banda Pantera, visto abaixo no vídeo.
Para acessar o site oficial deles, o endereço é este aqui: http://compressorheadband.com/. Lá existem mais informações (em inglês), vídeos e imagens dos robôs metaleiros.

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