A ideia é absurda, chega a ser imoral, esmaga vários princípios (políticos, sobretudo) e coloca em xeque a soberania de uma casa que deve agir, imparcialmente, em benefício da população. Claro que não seria aceito, por mais que alguns vereadores (sem noção) acreditasse que ninguém em Bayeux perceberia o tamanho do absurdo. E a população respondeu não, através daquela enquete. Foram 60% os que rejeitaram a proposta, contra 40% que aceitaram (em números arredondados, uma vez que uma terceira opção foi colocada, mas não chegou a 3% o número de leitores que não tinham opinião formada).
Diante do meu comentário na matéria do site (como pode ser visto no link anterior), algumas pessoas surgiram para se contrapor. E chegaram desta forma:
Acontece que a Ana, uma garota mais simpática, foi gentil e me deu um toque:
João e Ana. Sou um
desocupado que acorda às 4h30 da manhã e trabalho/estudo em tempo
integral (ainda dou conta do sustento da família) sem precisar puxar
o saco de ninguém (muito menos babar político safado). Sou um
frustrado que adora o que faz, conseguiu se realizar na vida,
conquistou a carreira que sempre sonhou e tem crescido sem nenhum
tropeço e sem reclamar da vida, afinal tenho a sorte de atuar com o
que me dá um imenso prazer (tenta passar noites acordadas e manter o
bom humor e um ótimo desempenho no trabalho e nos estudos? Só
fazendo o que adora, amigos. Eu tenho esta sorte).
Talvez eu seja um
miserável, não? Um tipo raro de miserável vagabundo que não
precisa fazer média pra político vagal, nem bajular gente cretina,
por medo ou por interesse. O problema comigo é que lutei pra ser
independente e assim essa cambada política, pra merecer meu
respeito, precisa fazer por onde. E muito por onde. Igual a mim é
uma maioria nesta cidade, e a enquete provou isto. Os leitores aqui
não confiam naquela gente que usa a câmara pra praticar seus jogos
politiqueiros.
Posso ser pouco
inteligente, talvez por não entender como 60% pode estar abaixo de
40%, mas tenho certeza de que a provocação feita por alguns
vereadores ao sondar a aceitação de uma candidatura vinda da câmara
foi respondida por esta enquete. A moral da câmara está refletida
ai, não há como negar.
Mesmo sendo um bosta,
tenho orgulho de ser um bosta e falar o que penso, dito na cara, sem
me acovardar nem precisar me rastejar por nada. Sou um bosta que
preserva mais dignidade do que um honorável vereador, bajulado por
gente que se sente indigna de sobreviver aqui sem pendurar-se na
sacola de um daqueles safados. Não me importo em dizer estas
besteiras, são minhas besteiras, eu as crio desde pequeninas e tenho
um enorme carinho por cada uma delas. Besteiras para alguns, senso de
cidadania e valores humanos para outros. ;)
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