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O RETRATO DO JOGO SUJO EM BAYEUX

Escrito por William Santos | quinta-feira, 30 de julho de 2009 | 17:56


Orkut pode não servir pra muita coisa, mas alguns recursos são interessantes, como as enquetes nos fóruns.


Claro que científicamente os dados não tem validade, no máximo geram um retrato superficial de uma realidade, mesmo assim permitem algum registro, em números, de coisas que raramente são investigadas de perto.


Compra e venda de votos, por exemplo, é um dos fatos com o qual todo Bayeense está acostumado. Vão dizer que o todo brasileiro também. É, também, podemos adimitir que sim, que todo o país se rende à corrupção, a coisa é generalizada, eu sei. Acontece que Bayeux, esta pequenina e populosa cidadezinha, hoje demonstra o que acontece quando a corrupção ao longo de anos e anos domina uma região.


Bayeux está hoje como um paraíso para a pilantragem. É fácil comprar votos, é super fácil vender votos, tem político que entra em disputa apenas para fazer uso do curral, tem farra pra todo lado. E como o mercado de votos ocorre em Bayeux; quais os métodos mais conhecidos e mais bem sucedidos?


Para investigar isto, por curiosidade até, mas motivado mesmo por uma discussão com um assessor de político bayeense, num destes fóruns por ai -- o cara garantia que não existia mercado de votos em Bayeux, que eu estaria inventando tudo. Vi que cara de pau não é exclusividade de políticos, assessores também dominam a arte -- lancei a enquete sobre venda de votos na maior comunidade sobre a cidade existente no Orkut.


A enquete está aberta, e ao longo de todo este tempo registrou em números o que já se sabe. As práticas mais comuns no mercado de votos são:


Grana mesmo, em cache. Com registro do número do título eleitoral do eleitor corrupto.

Distribuição de empregos e cargos comissionados.


25% dos que responderam à enquete conhecem a tal listinha de títulos que circula em toda eleição, registrando eleitores que receberão uns trocados pelo voto.


Em segundo lugar, 13% já tiveram oferta de emprego por candidatos em período eleitoral.


No pódium dos trambiques eleitorais, o pagamento de contas pessoais ficou em terceiro, com 9%.


O maior absurdo fica por conta da oferta de atendimento médico hospitalar, com 7% na quarta colocação. Os pilantras tem coragem de, na cara de pau, usar a necessidade de socorro médico como moeda de troca...


Isenção em taxas municipais e financiamento em eventos festivos ficaram empatados, com 5%, na quinta posição.


Em sexto, o pagamento de custos com viagens, 4%.


63% dos que participaram da enquete até este momento tiveram contato com algum ato de corrupção eleitoral ao longo de sua vida de cidadão nesta cidade. A enquete conta com 95 participações até aqui, o que é pouco pois a comunidade registra mais de 2.000 membros, e a cidade tem mais de 100.000 habitantes. Porém, como demostração, já é alguma coisa, uma gotinha tirada desta "água poluída" demostrando o teor de substâncias tóxicas com as quais estamos lidando.


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