Primeiras Impressões Com o Fedora 18 e Gnome 3.6

O Gnome está bonito, prático e mantém a leveza de sempre. Quando eu não esperava mais nada deste ambiente tradicional em sistemas operacionais baseados em Linux, o Gnome me surpreende. Foi por ele que voltei a testar o Fedora neste final de semana e aqui estou eu, embasbacado: Como esta criança cresceu (e ficou bonita) nesta versão 3.6!!!

Eu não sou daqueles saudosistas do Gnome clássico, que reinou no Ubuntu até o surgimento do Unity, sempre achei o ambiente do Gnome sem graça, embora concordasse com o fato dele ser prático, customizável até a medula e leve, muito leve. Estas vantagens -- praticidade e leveza -- sempre compensou o aspecto espartano do Gnome. Mas agora ele está de cara nova, modernizou-se e não perdeu suas características mais importantes.

O Ubuntu, como sabemos, por determinação da Canonical passa a adotar o Unity como ambiente gráfico padrão, mesmo tendo ali o Gnome por baixo na versão 12.10 (a mais recente), o Unity reina. Para conhecer todo o poder do novo Gnome, o jeito foi recorrer ao Fedora 18.

A última vez que eu tinha usado o Fedora com Gnome era este ambiente sem graça ai acima

Com alguma experiência em Linux, nada que se aproxime a de um especialista, o uso do Fedora me trouxe bastante diversão. Achei o Fedora mais prático, e muito se deve ao ambiente gráfico bem resolvido do Gnome 3.6.

O Driver nVidia Deu Trabalho

Minha GeForce GT 630 deu a mesma trabalheira na instalação que eu já havia tido com o Ubuntu 12.10 há uns dias atrás. Tive que instalar o sistema em modo gráfico padrão, depois instalar uma série de recursos (Linux headers e GCC) dos quais o driver necessita, tive que sair do modo gráfico, mudar para usuário Root (que no Ubuntu não é permitido, mas nada que um modo super usuário não resolva), desligar os serviços da interface gráfica e comandar a instalação por meio de texto. O procedimento é divertido, mas pode assustar quem não tem o hábito de digitar comandos em linha, sem ver nenhum iconezinho, ou botão, onde clicar e escolher as opções. No entanto, durante a instalação o programa da nVidia faz todo o trabalho sozinho, basta escolher as opções que ele joga na tela, usando para isto apenas as setas no teclado. A instalação é rápida e depois de um reinício está tudo funcionando.

A direita da tela, uma coluna lista as áreas de trabalho. Abaixo aparecem itens na área de notificação, incluindo dispositivos de armazenamento montados. Na esquerda, os ícones alinhados chegam a lembrar o painel do Unity. Tudo surge e some da tela quando encostramos o cursor do mouse no canto superior esquerdo da tela. Prático e rápido.

A "central de programas", ou o equivalente no Fedora, não me animou. Depois de buscar umas coisas nela, resolvi adotar o terminal e fazer tudo como gente grande. Usando o Yum, que é padrão no Fedora, ao invés do Apt, com o qual já me acostumei no Ubuntu, deu pra instalar o básico numa boa. Gimp e Blender vieram facinho. Aproveitei pra instalar outras coisas legais, como o Hotot (sobre o qual falarei aqui no Blog em outro post) e decidi que o Fedora de hoje em diante permanecerá em meu PC, dividindo espaço com o Ubuntu. Já penso em instalar no notebook também, em paralelo com o sistema da Canonical.

Para alternar entre janelas abertas numa mesma área de trabalho é muito simples. Basta posicionar o cursor do mouse no canto superior esquerdo e imediatamente um efeito de afastamento do zoom exibe todas as janelas abertas. Depois é só escolher qual quer visualizar, com um clique. Também é possível fechar janelas neste painel.

Mais pra frente mostrarei a instalação do drive nVidia em ambos os sistemas em detalhes, com dicas sobre como fazer. No momento estou super ocupado pra escrever o artigo, só deu tempo mesmo de mandar esta nota a respeito do novo Fedora 18. Meu veredicto é que vale a pena experimentar esta nova versão.

Para obter o novo Fedora com o belíssimo Gnome 3.6 eu recomendo o Download da imagem ISO através deste link oficial: http://fedoraproject.org/pt_BR/get-fedora-all. A dica é escolher baixar por Torrent, pois é um arquivo de mais de 900 Megabytes.