Em um 11 de Agosto como este, no ano de 1994, um jato prateado reluzente acionava seus dois propulsores Rolls Royce para rolar pela pista de São José dos Campos, na sede da Embraer. Era um novo marco na história do país sendo estabelecido a cada metro de pista consumida pela aeronave mais avançada já desenvolvida em solo nacional até aquele momento. E a Embraer, recentemente privatizada, fazia uma audaciosa aposta no mercado de jatos comerciais.
Expandido os horizontes, hoje a Embraer se envolve em
projetos como o do KC 390. Um cargueiro de alta
performance
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está na terceira colocação entre as maiores fabricantes de jatos comerciais e desenvolve produtos ainda mais fantásticos, a exemplo do KC 390, nada menos do que uma aeronave de carga e transporte de tropas de última geração, feita no Brasil, para substituir os lendários cargueiros das forças armadas nacionais e ajudar empresas do ramo logístico a ganhar os céus. Entre estas empresas está os Correios, que pretende colocar o primeiro cargueiro desenvolvido e fabricado pela Embraer em sua frota.
Usando a mais alta tecnologia disponível na metade da década de 90, a Embraer conseguiu produzir uma aeronave versátil para operadores que atuam em aeroportos pequenos, em rotas de curtas distâncias. Mas além da versatilidade do EMB 145, que depois passou a ser batizado de ERJ 145 (Embraer Regional Jet), outra característica seria um grande atrativo para o produto: o custo. Já no desenvolvimento e na produção do primeiro jato, engenheiros da Embraer se surpreenderam com a precisão dos softwares usados no desenho da aeronave. O "protótipo virtual" do EMB 145 previa a quantidade exata de componentes a serem instalados, como cabos, parafusos, etc. Engenheiros acostumados a realizarem cálculos manuais para levantar os custos destes componentes, sempre acrescentavam uma margem extra, por segurança, para elaboração do orçamento do projeto. Assim fizeram em relação ao EMB 145, pegaram os dados sobre a quantidade de cabos a serem aplicados na primeira unidade fabricada e acrescentaram uma margem extra para aquisição, evitando surpresas que implicasse em custos além do orçamento. No final, como era de se esperar, sobrou um pouco dos cabos. A sobra estava prevista e era comum, esta era a margem de segurança pro orçamento. Mas alguém teve a curiosidade de checar se aquela sobra equivalia ao volume de cabos que sobraria se os dados fornecidos pelos softwares no projeto estivessem certos. Lá estava cada centímetro que os engenheiros haviam acrescentado em sua margem de segurança. A bordo do jato, foram gastos a exata quantidade de material que o software previa que fosse. A lição permitiu a engenharia da Embraer confiar mais nas ferramentas que tinham a disposição e isto derrubou o custo de produção das aeronaves, levando a empresa a competir diretamente com as gigantes do setor.
Servindo na vigilância da Amazônia, através do SIVAM, pela Força Aérea Brasileira. |
E-Jet 190. O passo seguinte, que garantiu a
expansão comercial da Embraer.
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