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A Rede e as Redes - Uma geração mais rica

Escrito por William Santos | sexta-feira, 20 de abril de 2012 | 19:38

Éramos hipnotizados pelas redes em nossa infância e adolescência. As redes de TV, algumas rádios e uma revistinha ou livro para alguns. Nossa distração, nossa diversão e nossos assuntos estavam ali, vindo de um só canal com o qual nunca interagíamos (pelo menos não de forma tão fácil). Assim foi nossa geração na era pre Internet e pre redes sociais.
Aprendemos a aceitar verdades, não discutir quase nada e obedecer de bico fechado. Eu nunca aprendi nada disso, mas que tentaram me ensinar a vida toda, tentaram. Alguns também nunca aprenderam. Eu larguei a TV bem cedo. Enjoei do rádio também. Até colecionava uma porrada de Super Interessante de uma época em que ela era de fato muito interessante. Lia bastante, mas não era o bastante. Tinha dificuldade em encontrar coisas legais pra ler, mesmo assim me esforçava em procurar. Até que a web veio, possibilitou ler e interagir. Depois as redes e, finalmente, pude ter contato com um mundo dos sonhos de qualquer criança.

Criança quer entender, quer aprender, quer dar opinião também. A molecada gosta de interagir, seja por brincadeira ou até falando sério (mais sério do que muitos adultos). As mídias do passado tinham problemas em oferecer estas coisas. Limitações técnicas mesmo. Nós hoje não temos mais estas limitações, e nossas crianças também não. Logo: elas estão desenvolvendo habilidades que em muitos de nós acabaram, digamos, atrofiadas. Elas serão parte de uma geração diferente da nossa. Uma geração mais integrada e com visão mais ampla das coisas, do mundo, da vida. em resumo: uma geração muito mais rica.

Cabe a nós compreendermos isto, estas mudanças e encontrarmos o melhor modo de educá-las neste novo ambiente onde todas as perguntas são respondidas instantaneamente, num só clique de mouse, num toque na tela. Ou então ficaremos tão obsoletos diante de nossas crianças que elas vão simplesmente nos descartar. Não precisamos ter medo de nada disso. Precisamos apenas compreender o tamanho da responsabilidade em guiar corretamente nossas crianças num mundo aberto, onde elas produzem conteúdo, interagem e recebem informações que irão contribuir em suas formações. Se fizermos nossa parte direitinho, vai ser uma maravilha ver esta geração daqui a 20 anos criando seus filhos em um mundo sem preconceitos, tabus, alienação...

A imagem que inspirou este post (esta acima) foi retirada de uma postagem no Google+, da Renata Ferreira.
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